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domingo, 2 de setembro de 2012

Amor e Verdade - Francisco Cândido Xavier

 

 

 

 

 

Índice do Blog

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

AMOR

E

VERDADE

 

FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

Ditados por

 Espíritos Diversos

 

 

CAPÍTULO  1

Celso Cassanha  

 

Acácia, minha querida Acácia,

Jesus nos abençoes.

Querida Célia Maria e querido André Luiz.

Deus nos abençoe e nos proteja.

Estou assim, à maneira de convalescente, quase inseguro, depois de  tratamento longo.

Venho até aqui com a mãezinha Pia e outros amigos espirituais que são hoje,  aos meus olhos, o prolongamento de nossa própria família.

Muitas vezes imaginei que saberia facear os problemas espirituais após a  desencarnação, com serenidade absoluta.

Temperamento reservado, qual vocês  sabem, os meus pensamentos a esse respeito nasciam e desapareciam em mim  mesmo.

As primeiras horas, os amigos, as trocas de idéias e depois...

foi a  verdadeira desencarnação.

Estive em cãs a te os momentos últimos, em que comecei a divisar a presença  da vovó Maria, da mãezinha Pia, de se nosso Maciel.

Era preciso partir, e eu não pudera anestesiar-me com o sono repousante dos  que são liberados do corpo físico agoniado e doente. ..

Foi a bossa Pia a lembrar-me que deveria seguir com eles, os nossos  afetos do coração.

Não hesitei.

Era noite alta..

Aproximei-me de você e percebi que a força de sua fé lhe controlava os  sentimentos, mas, ao despedir-me da nossa querida Célia, o pranto da  separação se me desaou do peito, a cair através dos olhos que não mais  conseguia governar.

Depois foi a despedida de nossa André e de Lourdinha com os filhos e a  despedida da Estela e de nosso Ararê com as crianças.

Quem disse que era um homem resistente a qualquer tipo de emoção? Pedi aos amigos para voltar ao nosso recanto da Dois de Julho, e tornei a  abraçá-la, notando que, embora sonhando, você também tinha lágrimas e  voltei ao quarto de Célia para repetir a mesma cena de pranto que me lavava  todo o espírito.

                       Celso Cassanha    

 

CAPÍTULO  2

Celso Cassanha  

 

Era porém, necessário deixar a nossa casa que amei e amo tanto, visitar o  nosso querido Lar do Amor Cristão e finda essa romaria de saudade, Pia e  Maciel me enlaçaram entendendo que minhas forças jaziam exaustas.

Viajei em companhia deles, qual se voltasse a ser criança, incapaz de  interessar-me pelo caminho.

O espírito reside onde tem preso o coração.

E eu continuava preso a você,  aos filhos e aos netos queridos...

Compreendo que todos esses amigos tentavam me arrebatar à depressão de que  me vi tomado quase totalmente.

Esse foi meu período de convalescença no hospital doméstico, de vez que não  tive necessidade de orientar-me para fora de mim...

Nossa pia, no entanto, foi a mãezinha Pia a primeira a relembrar os meus  casos e compromissos de pai e esposo desencarnado, dizendo-me que o  trabalho cura todos aqueles que se encontrem decididos a trabalhar...

Com a devida permissão de nossos Mentores, tive a alegria de voltar ao  nosso Grupo e tendo comparecido ao nosso trabalho, senti-me renovado para  cooperar com os amigos do coração.

Acácia, trabalhe como sempre.

Não se senti fatigada ou sozinha.

A nossa união prossegue acima de quaisquer circunstâncias e o Lar é a nossa  lavra de fé e serviço ao próximo.

E retirando-me em companhia do nosso Maciel, já que o relógio nos compele a  isso, peço a você receber o amor imenso e as imensas saudades do esposo e  amigo, companheiro e servidor reconhecido de sempre.

Sempre o seu, Celso.

Celso Cassanha 

 

 

CAPÍTULO  3

Laura Maria Machado Pinto 

 

Henrique, é muito difícil escrever depois de tamanhas provocações.

Isso  ocorre porque de um lado é a dor fixada de modo irremovível e de outro a  transformação amarga na essência, mas sempre configurado a promessa de  melhores dias.

Compreendo o seu sofrimento que é o nosso, entretanto, estaria consolada  com o reconforto que você pudesse articular, adentro de você mesmo, em  nosso benefício.

Nossas lágrimas se entrelaçam,nossas tribulações ainda não diminuíram.

Ainda assim, muito embora traga o coração partido pela saudade e pela  angústia daquele acontecimento que as palavras não descrevem, peço a você  coragem e fé em Deus...

Minha benfeitora falou do estranho poder materno de que Deus dotou a alma  da mulher-mãe e me afirmou que  o descanso me alcançaria tão logo visse as  meninas devidamente protegidas e reconfortadas...

Admito que não suportaria ver você, chorando por mim, desconhecendo em  que cinzas se me consumira a identidade pessoal.

Refletindo na sua agonia espiritual, diante do que restava de nós, deixei  que as lágrimas me ensopassem as vestes alvas do pouso em que me estirar.

A vovó Carmela e outras afeições se encarregavam de consolar-nos.

Nós, os  adultos, para logo entrarmos no conhecimento do acidente de que nos  retiráramos tão despojados de tudo, como quando nascemos na Terra.

Querido Henrique, você sabe que eu não entregaria você a ninguém, no  sentido de me substituir junto ao seu coração dedicado e amigo, entretanto,  nesse outro lado da vida, é impossível que o nosso amor deixe de ser amor  verdadeiro e o amor verdadeiro pede forças para afirmar-lhe que, depois do  aguaceiro de pranto, outras alvoradas surgirão.

Você está moço e não nasceu  para uma vida de experimentações e desequilíbrios.

                                           Laura Maria Machado Pinto 

 

 

 CAPÍTULO  4

Carlos Alexandre da Silva Paraizo 

 

Entretanto, busque tranqüilizar-se a fim de meditarmos com acerto.

Semelhante comportamento é igualmente o meu, agora em que me vejo na  contingência de rogar a Deus nos auxilie a vê-lo reintegrado em uma vida  normal de homem de bem.

Não nos percamos da fé e estejamos conscientes de que as circunstâncias  oportunamente nos trarão alguém que me ampare, amparando a você, como se  faz preciso.

Querido Henrique, perdoe-me se me exponho, assim, nestas palavras, nas  quais procuro reerguer-lhe as forças.

Acontece que amo a você com a dedicação de todos os dias e não se me faria  possível dizer-lhe o que afirmo, sem o misto do carinho espiritual.

Minha  mãe saberá entender-me.

E o mesmo acontecerá ao nosso amigo Carlos, para quem a nossa Zélia espera  igualmente um dia novo.

Abençoe-me com as suas energias positivas de homem de bem e receba todo o  coração da esposa e hoje companheira maternal que deseja ser para você o  apoio e a compreensão de que ambos necessitamos para ser mais felizes.

Em você e com você todo o carinho, com as muitas saudades e esperanças da  sua.

Laura Maria  Laura Maria Machado Pinto Mãezinha Eddie abençoe-me como se me visse de novo criança em seus  braços...

Desejo identificar-me consigo de tal modo neste instante, que me sinta na  forma de um ramo podre ligado à bênção de árvore de que nasci...

Sinto, em verdade, a presença do papai Guilherme e da Boné conosco, da  nossa Iracema e da nossa Germana.

Entretanto, quero escrever como na escola  assinando o nome do seu Carlinhos...

          Carlos Alexandre da Silva Paraizo 

 

 

CAPÍTULO  5

Carlos Alberto Elisei 

 

Somente aqui em contato coma a vovó Severina, que me recolheu  carinhosamente, posso efetuar a revisão de meus próprios conceitos.

Exigia uma habitação planetária de que a nossa Terra ainda se acha muito  longe.

Abominava tudo o que fosse mentira, mas não compreendi que a própria pessoa  humana precisa disfarçar-se no corpo transitório a fim de assimilar os  ensinamentos da vida.

Carlos Alexandre da Silva Paraizo Querido papai Edson e querida Mãezinha Elvira, estamos unidos na seara do  bem, procurando os caminhos de ascensão espiritual.

O sentimento manda que lhes fale de saudade, mas o coração me solicita que  lhes reafirme a confiança de sempre no trabalho em que nos achamos  imanizados uns aos outros.

Refiro-me aos serviços do "A Caminho da Luz", o núcleo de atividade que nos  fala sempre muito alto aos corações.

Recebamos as tarefas com que fomos honrados, com a certeza de que Jesus nos  protegerá.

Querida Mãezinha, o trabalho é a nossa bênção maior.

Unido ao esforço do papai Edson e Mãezinha Elvira para o bem de nossos  semelhantes que sempre redunda no bem para nós mesmos, abraça-os no carinho  e na gratidão de todos os momentos, o filho sempre reconhecido.

                         Carlos Alberto Elisei 

 

CAPÍTULO  6

Judith Moraes Dias

 

Compreendo as dificuldades para falar de um mundo para outro, porque estou  informada de que habito em outras dimensões vibratórias.

Não defino o que seja isso, mas reconheço que não estou mais aí, em  companhia dos pais queridos que eu sempre amei tanto.

Lembro-me.

Estávamos buscando um ensejo para auxiliar na festinha a que  havíamos comparecido, um meio de nos recolher à simpatia dos amigos que nos  quisessem a companhia...

Acordei, acredito que muito depois do acidente, por duas religiosas,  sendo que uma delas, a que se deu a conhecer por Irmã Ana, tem sido para  mim uma enfermeira maternal...

Dezoito anos! Eu não esperava perder a vida física com a qual me comprazia à feição de  qualquer menina e moça de minha idade.

Com preces que tenho recebido da mamãe e da vovó Carmem, estou melhorando  para retornar-me tal qual sou! Querido papai Walter e querida mamãe Cecília, recebam com a nossa Adriana,  muitos beijos de saudade e carinho da filha que os adora.

    Ana Luiza Martinez de Souza Desejava transmitir à Zilda e a vocês o quadro em que me reintegrava, mas a  palavra esmorecera na garganta.

Via luzes que clareava o quarto e vultos,  oh! Os vultos que me fizeram reconhecer que o fim do corpo físico estava  prestes a chegar.

         Judith Moraes Dias

 

CAPÍTULO  7

Maria Célia Marcondes 

 

E aquela saudade de seu pai de repente se iluminava de tanta esperança  para o reencontro que o meu espírito de mãe balançou entre ele e vocês, os  amados filhos que ele próprio me dera.

Chorava e ria, alegrava-me e feria-me ao mesmo tempo.

A oração naquelas alturas de sofrimento físico, era alimento que me nutria.

Mariano me surgia à maneira de um retrato vivo em relâmpagos de luz e  depois Filhinha apareceu e explicou-me que o corpo não suportava mais.

Mariano me fez sentir que a fé em Deus devia prevalecer sobre nós e  descansei tranqüila.

Continuo junto do nosso Mariano assumindo os pequenos  encargos que posso, mas não me esqueço das filhas e já tenho podido ir em  sua companhia ao Eldorado e incentivar a Zilda para que acompanhe  Therezinha nas tarefas assistenciais com nossa irmã Vandir.

Mariano e eu abençoamos todas vocês, filhas queridas, com o nosso Adolpho,  com a nossa Hilda e com os nossos Berg e Lauro.

Receba, querida filha, um beijo e um abraço de muito amor de sua mamãe,    Judith     Judith Moraes Dias Querida Mãezinha, abençoa sua filha.

Maria Helena e eu desejávamos  complementar com a nossa modesta colaboração a festa consagrada ao nosso  irmão Augusto, a fim de falarmos em nossos aniversários.

                Maria Célia Marcondes 

 

 

CAPÍTULO  8

Claudia Aparecida Guimarães Leite 

 

Agradeço, eu mesma, os pensamentos de carinho com que me iluminaram o  coração e as dádivas de amor que me proporcionaram, na pessoa de nossos  pequeninos e de nossas irmãs que desde ontem acolhem as lembranças do nosso  amigo aniversariante do dia 27.

Hoje queremos, a irmã e eu, felicitá-la igualmente por seu dia 29, a data  formosa em que os nossos corações, com o coração do papai, nos enfeitávamos  com flores da alegria.

Parabéns, mãezinha querida! Deus a recompense com a  felicidade que o seu carinho faz merecer.

Querida minha, minha querida Mãe, receba com meu pai, com a vovó Esther e  com todos os corações queridos, junto de nossa Maria Helena, que faz também  suas as minhas pobres palavras, todo o amor e todo o reconhecimento de sua  filha, sempre sua,  Maria Célia Marcondes Querido Papai Célio e querida Mãezinha Tereza, estamos juntos na mesma  prece a Jesus, rogando a Bênção do Céus em nossa proteção.

Papai, venho ao encontro do seu coração de modo a reafirmar-lhe que não  estamos sozinhos.

Compreendo as dificuldades de que se vê defrontado, considerando a  multiplicidade dos problemas que vão surgindo, entretanto, juntamente da  Mamãe, procuro, quanto se me faz possível, refazer-lhes as energias.

No ajustamento das atividades e no entrelaçamento de nossas forças,  encontramos o clima de trabalho em nosso próprio favor.

Suponho servir, somos servidos e, acreditando semear em louvor dos outros,  plantamos para nós próprios os benefícios de nossa redenção.

                                      Claudinha      

                  Claudia Aparecida Guimarães Leite 

 

CAPÍTULO  9

 

José Demathê Filho 

 

A senhora interpelada, que me recomendou chamá-la por vovó Francisca, fez  um sinal afirmativo, e o companheiro me abraçou com carinho, indagando se  eu não o reconhecia.

Tudo foi reajustamento de um instante.

Nos olhos colados nos meus, vi meu pai, reconhecendo-lhe a bondade e  proteção.

Então choramos juntos, misturando nossas lágrimas de alegria no reencontro,  com tamanha intensidade que eu não sabia se eu era meu pai, ou se meu pai  era eu.

E com os sentimentos de carinho e apreço que meu pai me solicita  transmitir-lhe, deixa-lhe aqui neste papel em que o lápis me traduz os  garranchos de amor e saudade, muitos beijos de afetuosa gratidão, de seu  filho e companheiro de sempre.

Christian W.

Freitas Campos Mãezinha Iraides estou em companhia da vovó Maria Nazária que desejou vir  até aqui, em minha companhia para abraçá-la...

Pensei em Deus, voltei às orações dos dias de criança e, sem querer,  dormi pesadamente.

Acordei, mais tarde, incapaz de precisar o tempo gasto  naquela ausência de mim próprio e reconheci que uma senhora velava por mim  num aposento diverso do nosso.

Voltar a mim mesmo foi um processo lento de recuperação de minhas  faculdades que não seu descrever.

Entretanto, aos poucos, pude reaver a minha capacidade de conversas.

        José Demathê Filho 

 

CAPÍTULO  10

 

Wanda Maria Czarnobay

 

Lembrem-me com aquele sorriso bom que você, Mamãe, me recomendava fazer  para enfrentar a s dificuldades da vida.

Não posso dizer adeus.

Não existe separação.

Não existe fim.

Mãezinha, receba com o Papai Victor e com o nosso querido Júnior, o beijo  que lhe deixo na face como a criança acanhada por haver realizado uma  travessura que nos trouxe tanta dor.

Ainda assim, é o beijo de sua filha agradecida, de sua filha que não a  esquece e que pede a Deus manter a senhora e meu pai em sublime união,  porque eu vou crescer aqui, vou melhorar-me e vou auxiliá-los.

Auxiliem-me para que isso se dê mais depressa.

Mãezinha, Mãezinha querida, perdoe sua filha e receba, com Papai e com o  Juninho, todo o coração de sua.

                              Wanda Maria           

Wanda Maria Czarnobay

 

CAPÍTULO  11

 

Maria Helena Marcondes   

 

Vovó Maria me conduziu, então, à nossa casa e vi que se a senhora não via  mais e, porque eu chorasse, me recordo de que o seu pensamento foi atraído  para um retrato meu e ouvi as preces encharcadas de lágrimas por minha  causa.....

Agradeço, Mamãe.

Agradeço ao seu carinho e ao seu  carinho de meu pai por  todas as bênçãos com as quais acendem sinais luminosos em meu novos  caminhos.

Continuemos todos juntos Guardamos a senhora e meu pai Jacy nos  próprios braços que continuam  fortes como sempre, peço-lhes de novo para  que me abençoem ao mesmo tempo que lhes entrego todo o meu coração de filho  reconhecido.

Laerte Assyrio Chaves Celebramos aqui um nascimento novo.

É uma espécie de primavera que renasce  do inverno, essa emoção, feita de júbilo e lágrimas, que sentimos.

A morte é comparável ao frio que entorpece, no entanto, quem nos privará do  sol no amanhecer? Dessa alvorada nova que se nos represa dentro d'alma por chuva de  esperança, venho eu para agradecer...

Em razão disso, peço-lhes para que aceitemos, na prece, a transformação de  tudo o que venha a ser sofrimento em nós na alegria que Deus nos permite  usufruir no reencontro.

Papai querido e querida Mãezinha, estamos gratas.

Maria Célia e eu por tudo  quanto fazem mentalizando-nos no amor que transmitem aos nossos irmãos de  jornada evolutiva.

Esses cobertores que ofertam aos irmãos expostos ao frio, nos aquecem de  milagroso calor e esses recursos com que procuram melhorar a alimentação de  tantos companheiros no mundo, nos atingem por energias nutrientes que nos  conferem mais amplo equilíbrio na vida Espiritual.

Maria Helena Marcondes   

 

CAPÍTULO  12

 

Avelino Ginjo

 

Querido papai Djayr e querida mãezinha Doralice.

Deus nos abençoe.

Vocês dois desejam tanto as minhas notícias e o meu desejo é tamanho, no  sentido de abraçá-los, que não resisti e solicitei os bons ofícios da vovó  Emília para vir encontrá-los.

Felizmente, vou indo bem.

As preces e vibrações do meu avô Antenor, de minha avó Laura e meu avô João  me restauraram a vontade de trabalhar e continuar em grupo de serviço, a  fim de não ser muito peso morto na proteção de nossos muitos amigos...

Escolhi a enfermagem, porque os irmãos doentes são meus professores de  paciência e coragem.

Junto deles, aprendo lições que não seria possível receber na posição maior  lapidada que os pais queridos me deram com tanto amor.

Mãezinha Doralice, papai Djayr, quando puderam, visitem as enfermarias dos  enfermos indigentes dos hospitais.

É possível que me encontrem lá, junto a um coração materno que morre no  esquecimento dos filhos e netos a que deu o próprio coração.

Pais queridos, muito obrigada pelo amor com que me cultivam a memória e  muito obrigada por serem gente de Deus, de coração aberto à  beneficênvalecia.

Denisa Freire Valença Querida Lídia.

Deus nos proteja.

Venho ao seu encontro com o objetivo de agradecer ao seu carinho de  companheira, o tesouro de amor o que recebi de sua dedicação, com o mínimo  de recursos para retribuir...

Avelino Ginjo

 

CAPÍTULO  13

 

Avelino Ginjo  

 

Querida, não julgue na morte do corpo qualquer expressão de  esquecimento.

Lembro-me das menores minudências de nosso convívio e a memória está quase  fixa nas preces que formulo do Mais Alto, rogando bênçãos de paz e saúde,  tranqüilidade e alegria para você e nossos queridos filhos.

Sei que retornei à Vida Verdadeira quase que de improviso e quero  manifestar-lhe a minha gratidão pelo devotamento e serenidade com que você  me auxiliou a normalizar os problemas, que fui constrangido a deixar sem a  devida solução.

Creia que a sua família, igualmente minha pelo coração, me acolheu com a  ternura de antigo parentesco.

A sua querida avó Ana, se fez minha segunda mãe e seu pai Manoel Coelho tem  sido para mim um apoio de valor inexcedível.

Felizmente, as dificuldades foram passando e preciso dizer que a sua  coragem, muitas vezes, foi a minha resistência para que o meu reajuste à  vida nova se processasse com segurança.

Querida Lídia, não posso ser mais extenso.

Amigos que me auxiliam convidam-me a observar a minha ficha de tempo e devo  terminar.

Muito carinho aos filhos sempre queridos e guarde em seu coração a  confiança total e o invariável amor de todos os instantes, do esposo e  companheiro que vive ao seu lado, pelos fios do pensamento.

Gratidão e afeto constantes do esposo sempre seu, 

Avelino Ginjo 

 

CAPÍTULO  14

 

Sérgio Tadeu Rodrigues  Bacci  

 

O meu avô Rodolfo me assistiu no despertar aqui, em novo campo de  experiência, no qual ainda me reconheço abatido e sem muita coragem para  recomeçar.

Do que me sucedeu, não consigo rememorar minudências.

É muito difícil pensar com cérebro que observo completamente novo, aquilo  que nos marcou o cérebro-vestimenta em que julgávamos estivesse o centro da  própria vida.

Apesar de minha câmara lenta na memória para enumerar pessoas e fatos, não  estou ainda tão tomado de amnésia que possa esquecer o desgosto que lhes  dei estragando-lhes o Natal.

Perdoem-me.

De todos os meus, creio que o mais inconformado sou eu mesmo,  conquanto esteja disciplinado pelas preces de minha avó Magdalena que me  ensina, de novo, as orações da infância para ser uma criatura nova.

Minha avó deve ter razão porque esse bálsamo da confiança em Deus me  retempera as energias.

O vovô Rodolfo e a vovó Magdalena me revigoram as energias, quanto isso se  lhes faz possível e estou melhorando.

Estamos juntos como sempre.

Nessa certeza me baseio para rogar-lhes calma e coragem.

Continuem, por  favor, a me lembrarem nas orações, pois isso me faz grande bem.

Diz a você Magdalena que já me exterminei o bastante para que me  compreendam.

Voltarei melhorado, alguns dias com a Bênção de Deus.

Peço-lhes sorrir para a vida e confiem sempre em Deus, fazendo o melhor que  pudermos o que devamos fazer.

                                                   Sérgio Tadeu Rodrigues  Bacci 

 

CAPÍTULO  15

 

Liane Helena Anéas de Paula

 

Querida mãezinha Neuza e querido papai José Wair.

Estamos unidos com a esperança de todos os dias.

Mamãe Neusa, já sei o que  você está sentindo...

Saudades iguais às minhas.

Felizmente, existe a  palavra por recurso de intercâmbio.

E é nesse prodígio que se alinha no alfabeto, que preciso dizer-lhe que a  nossa comunhão é incessante.

Quem define semelhante simbiose? Onde viverá saudade sem esperança? Onde a dor sem o grande momento de alegria? Escrevo a você meu pai, conseqüentemente ao querido Ju, imaginado que o  bordado das letras assemelha-se a uma fonte.

A corrente cristalina surge num coração para desaguar no outro...

Pergunto a mim própria, onde estará o céu das religiões, senão a presença  daqueles que mais amamos? Mãezinha Neusa e papai José Wair, recebam com o Ju muitos beijos da filha e  irmã, que lhes traz a certeza de nossa união imperecível.

União completa de amor e conservada sempre nas muita saudades da     

Lika          

Liane Helena Anéas de Paula

 

CAPÍTULO  16

 

Mariza Lorena Babini

 

Querido João, peço-lhes coragem.

Reconheço que você, jovem, qual se vê  faceará obstáculos grandes em regime de solidão, no entanto, creia que a  esposa e amiga de sempre estará ao seu lado em qualquer decisão que venha a  assumir.

Hoje creio que todas as mulheres primeiramente são Mães espirituais dos  próprios esposos.

              Mariza Lorena Babini

 

 

CAPÍTULO  17

 

Adilson Cargnelutti

 

Por fim, desci as escadarias simbólicas do sono profundo e perdi-me na  inconsciência.

Papai Wilson e querida Mãezinha, foi muito grande a minha surpresa quando  despertei junto de duas senhoras que interpretei por enfermeiras da casa de  saúde e socorro em que, decerto, me haviam internado.

Mais algum tempo e vim a saber toda a verdade, com o choro de um menino  grande a me tomar as palavras que em vão procurava dizer.

A senhora que me  tratava carinhosamente me solicitou com bondade chamá-la por vovó Maria  Cargnelutt e a outra se declarou amiga da família a cooperar no reajuste de  minhas forças, afirmando chamar-se igualmente Assumpta.

Os dias correram sobre os dias quando chegou o momento em que vi a querida  vovó Iracema diante de mim.

Uma alegria inexplicável me nasceu do íntimo e transferi-me da tristeza  para a esperança.

Papai Wilson, acredito que o seu carinho possa imaginar a  emoção renovadora que me dominou por inteiro, diante da Vó Iracema que me  falava da Bondade de Deus, afirmando-me que o senhor e minha mãe ficariam  reconfortados  com a minha aceitação, sem ressentimento, de quanto me  acontecera.

Minhas idéias se renovaram e aqui estou...

Nossa família está aqui numa linda parcela de fé em nosso futuro e  rogo-lhes confiança e alegria...

Mãezinha Assumpta e querido Papai Wilson, agradeçam aos amigos que os  acompanham por mim e recebam muitos beijos do filho que, nesta hora, volta  a ser criança para lhes entregar o coração.

Muito amor e muita saudade do filho reconhecido de sempre.

                  Adilson Cargnelutti 

 

CAPÍTULO  18

 

Nerci Maria Cardoso

 

Aproximou-se de mim a generosa protetora que me disse ser nossa parenta e  chamar-se Maria Nazária.

Ela se inclinou, abraçou e beijou-me no leito em que me achava prostrada,  entendendo decerto que eu não dispunha de qualquer energia para  movimentar-me...

Felizmente, agora estou com os pés no chão da realidade e agradeço as  preces e os pensamentos carinhosos de meus pais e de meus irmãos, dos  amigos e pessoas estimadas que ainda me recordam.

Esperando que o seu coração de Mãe e meu Pai estejam tranqüilos as meu  respeito, beija-lhes as mãos queridas, com muito afeto aos meus irmãos, a  filha saudosa mas sempre confiante na proteção de Deus.

Sempre a sua                 Nerci

Nerci Maria Cardoso .

 

CAPÍTULO  19

 

Jussane Cristina Leite  

 

O nosso querido Jorge Guilherme está muito jovem e não terá dificuldade  para substituir-me.

Tenho orado e pedido a Jesus nos conceda oportunidades de amar-nos através  da família que for organizada.

Deus sabe o que faz.

Querida mamãe Neusa, o meu querido avô Guerrero vem me  auxiliando quanto se lhe faz possível, a fim de ver-me restabelecida Graças a Deus vou indo bem e sem mais palavras que me definam o carinho e a  saudade que arquivei nas profundezas de minha alma, sou a filha e irmã,  companheira e amiga que não os esquece, constantemente reconhecida.

                     Jussane Cristina Leite   

 

 

CAPÍTULO  20

 

Mirna Lagorga

 

Aí está o querido Maurício, irmão e amigo.

Lembro-lhe os conselhos.

Aquele olhar ensaiando severidade na face do garoto maravilhoso que é meu  irmão prodígio! Sabia ouvir os seus apontamentos e avaliar respeitosamente a sua  austeridade de menino perfeito...

Quando me vi restituída ao próprio discernimento, alguém velava comigo,  entre as enfermeiras desconhecidas, que me amparavam, Vovó Maria, aquela  que foi para a Mãezinha Edith um anjo guardião, me afagava e me pedia  esquecer...

Não era fácil.

Todos de casa, incluindo o companheiro dos ideais de noivado, estavam  comigo.

Ainda ignoro como esclarecer de que modo me achava ali, numa  paisagem diferente e em casa ao mesmo tempo.

Mãezinha, Papai, querido Mauricio e querido Cuca, a mudança de plano não  nos altera.

Sou a mesma, mas realmente passada a limpo.

O querido amigo será feliz sem que eu lhe tome a frente ou a retaguarda,  todos os dias, dentro de uma casa.

Entre nós não foi cultivada qualquer idéia de afeição egoísta e possessiva,  já sei que se fosse ele o objeto de transferência em que me vi, de  inesperado, teria desejado a mim o que peço a Deus para ele agora - a  felicidade com alguém que lhe faça o caminho terrestre menos áspero.

Isso  não é ausência de amor e nem desapego.

É compreensão com amor muito maior.

Mirna Lagorga 

 

Se você tem com Jesus 
A bênção de trabalhar,
Meu amigo, siga em frente
E pare de reclamar!
 


Euriclides Formiga